- Se pode ter um
privado, acho que sim, desde que seja rápido. Entre e sente-se.
- Vou fechar a porta
se não se importar.
- Então, o que se
passa?
- Não me leve a mal,
mas eu acho que a Doutora não gosta de mim. Gostava de saber porquê.
- Mas que disparate é
esse?
- Eu tenho a sensação
que me trata de forma diferente das outras pessoas.
- Pois é mesmo
sensação porque eu trato todas as pessoas por igual, não faço distinções. Mas
diga-me lá uma coisa, como sabe estamos com um afluxo imenso de actividade,
temos prazos e as solicitações são mais que muitas; repito, estamos todos muito
ocupados, incluindo a Barbie, como é que ainda tem tempo para se preocupar com
essas questões ? Se eu gosto de si? Mas que maluqueira é essa?
- Está a ver (a
choramingar) a Doutora não trata ninguém assim como me está a tratar a mim.
- Ó Barbie, não a
quero perturbar porque estou a ver que é muito sensível, mas acha que algum dos
seus colegas entra aqui com essas questões? Acha que no local de trabalho
existem essas premissas de gostar ou não gostar? Tenha juízo está bem? E já
agora já me tratou do assunto que lhe pedi?
- Ainda não Doutora.
Tenho estado aqui consigo!
- Então deixe-se disso e vá lá tratar do assunto que é urgente. Eu gosto de si como gosto de qualquer pessoa que trabalha aqui. Não pense nisso.
- Eu não digo, a
Doutora comigo é muito brusca.
- Ó Barbie, (estou a
ficar no limite) vá tratar do assunto por favor. Está bem assim?
- Com licença Doutora.
- Está licenciada.
(acho que hoje vou ter um dia fodido…..)