sexta-feira, 29 de junho de 2012

Selecção Portuguesa

Toda a gente fala do jogo de quarta. Do resultado, da injustiça dos penaltis, da derrota não merecida, da sorte dos vizinhos. E eu faço coro com todos, estou triste. Apesar de termos chegado longe, ficamos pelo caminho.

Mas uma coisa é certa, cada vez estamos a chegar mais longe – e sem a ajuda preciosa do factor sorte, sim porque isso é coisa que não nos assiste - e isso representa um aviso às equipas que tradicionalmente apelidadas de fortes – somos adversário à altura, certo?

 Ainda bem que só vou a Barcelona em Setembro. Até lá já consegui digerir isto tudo, sim porque perder com os vizinhos não é fácil.

Apesar da derrota, há motivação para fazer melhor. Força.

terça-feira, 26 de junho de 2012

Happy Happy Yeah

Hoje estou feliz.

Acabei de saber que todos os meninos da turma da petite t@lib@an passaram o ano. É tão bom ver a evolução dos garotos. Apesar dos arranhões, pontapés, arrufos e amuos são uma classe espectacular. Unidos que só visto, estes pequenos mosqueteiros.

Parabéns para vocês. Desejo que o vosso percurso seja como até aqui, um esforço para o sucesso.

E já agora parabéns também ao professor. Sem ele nada disto seria possível. Muito obrigada S. por tudo o que tem conseguido. O mérito é muito seu.


Mercearias

Aqui pelo meu bairro o fenómeno das lojas dos chineses está a arrasar com o comércio local.

Então, antigamente eram as lojas de roupa+artigos para casa+artigos de higiene+ tudo o que não fosse para alimentação. Resultado, as lojas de pronto-a-vestir começaram a encerrar para dar lugar a essas megaproduções de made in china. E assim foi durante uns aninhos. Agora estão a diversificar o negócio com o aparecimento de frutarias, tendo como consequência directa o encerramento de algumas (poucas) que teimavam em se aguentar.

Não tenho nada contra isso e sou de opinião que há mercado para todos, desde que a concorrência seja controlada, obviamente. Se os preços descerem, melhor ainda, para o consumidor.

Mas é sempre com alguma mágoa que me apercebo do encerramento de lojas, às quais me habituei durante tantos anos. São pedacinhos da infância que desaparecem. Ali era onde eu comprava os chupas, e ali bebia os pirolitos, ali era onde a minha mãe comprava o pão. De um momento para o outro tudo fica descaracterizado, como se já não fosse meu. E o pior é que, pelo que me apercebo, as lojas de chineses não permanecem por muitos anos, deixando atrás de si, buracos fechados.

Obrigado Senhor Saraiva por resistires. E apesar da idade continuares a tratar a garotada de hoje da mesma forma que me trataste a mim. Pelos rebuçados que me davas à socapa da minha mãe e pelos que dás à minha filha sem que eu veja.

Viva a Dona Marcelina que nos continua a brindar, desde há 40 anos, com flores lindíssimas e o Senhor Tomé que continua a fazer pães pequeninos com chouriço para distribuir pela garotada. E, como os últimos são os primeiros o meu muito obrigada ao Senhor Luís, do talho, que continua a tratar dos joelhos esfolados da garotada que cai no jardim do bairro, interrompendo a sua actividade para dar atenção aos que entram pelo estabelecimento aos berros e ais. Ainda lá tem a cadeirinha pequenina, à entrada da porta, que mandou fazer de propósito para atender esses fregueses aflitos, a mesma caixa dos primeiros socorros. Sem esquecer dos chupas para o aconchego, como ainda hoje diz.


São eles que fazem a diferença e nos aconchegam a alma. Dão-nos a sensação que tudo está no seu lugar. Obrigada








terça-feira, 19 de junho de 2012

Nomes e mais nomes

Pelos vistos a tendência actual é para as pessoas se fazerem anunciar, não com o primeiro e último nome, como é habitual, mas sim com três (nome e dois apelidos).

 Do estilo, - fala Inês Pavlova Caniche ou Miguel Drunfo Janado.

A identificação já não se cinge ao primeiro e último nome, tem de ficar mais compostinha com mais um, e mais um e mais um até ao limite do absurdo.

Se existe algum benefício nisso, por favor comuniquem-me que eu não consigo atingir. Sou uma simple mind, é o que é.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Crianças

Devo dizer que gosto imenso de crianças. Já dos pais das ditas não posso dizer o mesmo.

Confesso que não tenho paciência para questões cretinas.

Então foi assim. Há uns dias fui abordada pela mãe de uma colega da minha filha. Fiz logo o meu ar de põe-te-a-pau-comigo-porque-hoje-estou-com-instintos-canibais. A situação foi esta, a minha petite t@lib@an, segundo a mãe, tinha chamado à filha dentes de mula (amigos, imaginem o meu esforço para não me rir, ai que me desmancho).

- Desculpe, qual foi o enquadramento desse nome?

- Não houve enquadramento nenhum. A sua filha chegou ao pé da minha e ofendeu-a. E ela fartou-se de chorar.

- Vamos fazer uma coisa, elas estão a sair e então conversamos com elas para ver o que nos dizem, está bem?

- Não está bem nada. A Senhora tem de educar melhor a sua filha. Não se chamam nomes assim.

- Ai sim? Pois olhe eu não acredito que a minha filha tenha dito isso sem nenhum motivo, mas, repito, vamos aguardar por elas para esclarecer isso, certo? É porque se calhar, e se continua nesse registo vamo-nos chatear porque eu só lhe consigo responder quando falar com a minha filha, estamos conversadas?

****

- Ó filha, a mãe da C. disse-me que lhe chamaste dentes de mula. Posso saber porquê?

- Olha mãe, porque a C. me disse que eu tinha o cabelo que parecia uma macaca. Eu só me defendi

- Ó C., isto é verdade, perguntou a mãe?

- É, mãe.

- Mas tu és parva ou fazes-te? Então eu falei com a mãe da J. a chamar-lhe atenção sobre o que me tinhas contado e agora fiquei a saber que afinal foste tu que a insultaste primeiro? E sem demoras prega-lhe uma valente bofetada.

 Não queria nem acreditar. Não estava à espera desta reacção. Mesmo arriscando-me a ser protagonista de uma cena canalha à porta da escola, só consegui dizer:

- Filha, vamos embora. A senhora deixe que lhe diga que é uma besta. Isso não se faz a uma criança.




NOTAS DE FIM DE SEMANA

Sexta-Feira

Dia da Criança.
Dia da criança que há em mim (sempre) e da propriamente dita criança (vulgo petite t@lib@n).
Não quero, de todo, desvirtuar o verdadeiro significado deste dia. Tenho sempre presente as crianças menos favorecidas, desprovidas de condições mínimas de sobrevivência. Tenho presente e recordo sempre à minha filha o quanto é privilegiada. Por isso neste dia não há presentes para a criança lá de casa, mas sim para as crianças desfavorecidas do meu bairro.

Bom, de maneiras que, e porque nos ofertaram 2 bilhetes para o ROCK IN RIO, achei que era boa ideia iniciar a minha pré-adolescente (como tão orgulhosamente gosta de se apelidar) nestas andanças. E foi excelente. A moça adorou o espírito e a mãe ainda mais – se bem que me fiquei só por uma caipirinha. À meia-noite, como uma verdadeira cinderela, a pré-adolescente começou a acusar sinais de cansaço. Ainda ouvimos as primeiras músicas do Lenny Kravitz e depois lá fomos embora, as duas, bastante felizes. Ser mãe é a melhor coisa do mundo.

Ainda em relação ao evento e como em anteriores edições a organização primou pela segurança, apesar da quantidade de pessoas ali reunidas. Uma experiência a repetir sempre.

Sábado

Jardim zoológico o dia todo. Ver a bicharada. Muitas viagens de teleférico. Piquenicar por lá. Mais bicharada, e uma valente dor nos pés. A criançada toda feliz que é o que se quer.

Final do dia, jogo de futebol Portugal-Turquia. Aproveitamos a promoção que o Continente fez (nós e mais umas centenas de pessoas). Foi uma bela oportunidade de ver o Estádio da Luz por dentro (infinitamente mais bonito do que por fora). O verdadeiro espectáculo foi ver o estádio cheio. Sim porque o jogo propriamente dito, enfim, não foi dos melhores.

Macacos me mordam (ainda são efeitos do zoo) se entendo porque é que a nossa selecção, que é constituída por alguns jogadores de renome internacional, como é o caso do Ronaldo, tem prestações tão más, como foi a de sábado. Não percebo, mas também não domino a questão, por isso não emito opinião (hoje é o meu dia dos ãos). É fodido!

Domingo

Se alguém me acorda antes das 9 vai-se a ver comigo, disse eu no sábado à noite, já podre de cansaço.
Era, não era, pois não foi.
Valeu-me a sesta a seguir ao almoço.

Já não tenho energia para tanta coisa. E nos próximos que se seguem não se perspectivam melhorias na actividade. Tenho de começar a tomar Red Bull, está visto.