quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

As manhãs lá de casa

Adoro o acordar matinal lá em casa, beijinhos do marido, abracinhos quebra-costelas da filha e com sorte um abracinho a três. Ternurinhas, muitas ternurinhas.

Estes são momentos de excelência, que fazem valer a pena retomar a rotina do dia a dia.
Saio de casa com a bateria sempre carregada.

A vida é boa.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

A capacidade de me auto-f@rnicar

Hoje tive um flash back em plena reunião. Por momentos entrei no carro do Mcfly e, em warp speed recuei cerca de 20 anos. Estava em plena oral, na Faculdade de Direito, e eis senão quando o professor me faz um pergunta, tipo, de que cor é o bacalhau(esta pergunta produziria a mesma reacção). Atrapalhada perguntei, Professor, importa-se de repetir? A resposta não se fez tardar: Ó minha Senhora, se não sabe diga logo. Não tenho tempo para estar a repetir perguntas. Sabe que mais, a Senhora devia era ir para casa onde é o seu legitimo lugar. Está a tirar o lugar a um homem, que esse sim é o sustento de uma família (pela resposta, quem lá andou, já deve saber a quem me estou a referir).
Sem saída. Ou me calo ou me f@rnico pensei. Este filho da puta está a gozar comigo, mas quem é ele… de pensamento em pensamento tomei a decisão. Já que estava chumbada ia dizer-lhe umas, aliás muitas, está bem, demasiadas.
Bom, não vale a pena estar a repetir a resposta que esse personagem teve, até porque, a esta distância, metade já foi com o amigo alemão*. Lembro-me sim da reacção do professor. Era como se tivesse levado um tiro. Perfeitamente incrédulo. Resultado, chumbei como esperado e ainda com uma ameaça velada que “dúvido muito que a Senhora algum dia passe a esta cadeira”.
Vinte e tais anos passados, em plena reunião ouvi algo similar. Apesar de não ter sido dirigido a mim, o efeito não poderia ser pior. Desta vez o engraçado disse, Ó Drª, de onde é que tirou este fundamento, de um blogue de culinária, foi?
Fui invadida pela mesma sensação. Tipo vertigem de estás-prestes-a-f@rnicar-te. Da situação anterior, pelos vistos não colhi nenhum ensinamento e nem os anos me trouxeram a sensatez necessária para não reagir a estas provocações. Filho da puta, pensei, não te vais safar sem resposta.
Desta vez não fui arrastada da sala, não chumbei e nem ninguém me deu palmadinhas nas costas. Desta vez quem pareceu que levou um tiro foi a minha colega – objecto do reparo – que não queria acreditar no que eu tinha dito.
Mas desta vez ouvi um pedido de desculpas e vi uma consternação profunda por parte do moço.
Acho que tenho o coração e a cabeça no lugar. Não me arrependo de responder à letra com educação e respeito, quando a situação impõe. Às vezes f@rnico-me....
* alzheimer

Postal de Natal




Parabéns à Cristina Sampaio. Expressou bem o espirito natalício reinante.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Momentos de rara beleza

- Sempre que te encontro, estás sempre a rir. Quem me dera ser como tu.
- Ai sim, então porque é que não tentas?
- Se tu soubesses da minha vida.
- Como se tu soubesses da minha. Deixa-te de coisas lá por andar bem disposta não quer dizer que não tenha problemas como toda a gente.
- Se tivesses problemas graves, não andavas tão bem disposta.
- Estou a ver, sabedoria não te falta.
- Desculpa, mas se andarmos mal dispostos ou com problemas não conseguimos rir. É fisico.
- É físico … e egoísta. Lá por estares mal disposta ou com problemas, as pessoas à tua volta não só não têm nada a ver com isso como nem têm que levar com as tuas más disposições. Os teus problemas não têm de ser problemas dos outros.
- Pois está visto que tu consegues fingir, eu não. Sou transparente.
- Olha, ainda bem que se consegue fingir o riso. Agora a estupidez, isso é que é mais difícil
- O que é que queres dizer com isso?
- Isso mesmo que entendeste.

Tenho MESMO de começar a ignorar este tipo de comentários. E nem dar azo a que abram a bocarra para vomitar estas pérolas. CRETINOS

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Ma petite taliban

- Porque é que ficaste de castigo, desta vez ?
- Porque bati num menino.
- Bateste num menino, mas porquê?
- Sabes mãe, ele estava sentado ao pé de mim. Eu olhei para ele e pensei, está mesmo a jeito. E bati-lhe. Ele depois bateu-me e eu defendi-me. Não és tu que dizes para me defender?
- Mau, eu disse-te para te defenderes, mas não para tomares a iniciativa de bater num menino só porque estava a jeito.
- Ó mãe, ele ontem tinha batido na minha amiga. Eu defendi-a.
- Ai sim, com 24 horas de atraso, claro.
- Ó mãe, sabias que se duas meninas estiverem sempre juntas há uma grande probabilidade de terem a menstruação no mesmo dia. Não sabias, mãe, pois não? Hoje o professor ensinou-nos isso.
- Não mudes de assunto.
- Gosto tanto de ti, mamã.

Está visto, quem sai aos seus … não é de Genebra, obviamente. Ma petite taliban está a desabrochar numa petite pimentinha. O meu futuro não vai ser fácil.

Já estou a imaginar o que a minha mãe me diria, se ainda estivesse entre nós, - É para saberes o que eu passei contigo.

Cubanas



CUBANAS, CUBANAS

Lindas, lindas, e como sempre, nunca deixam ficar ninguém mal. De todo.





Estas já moram lá em casa, embrulhadinhas, debaixo da árvore. Sim porque se estivesse à espera do gorducho de vermelho.... ainda estariam na loja.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Ainda sobre o post abaixo

Pêlos à parte, o moço é .... bom, como direi, very eatable!!!!!

Homens










A Braun lançou uma campanha para a sua máquina de depilar para homem Braun Cruzer Body.



Sou antiquada, é um facto. Gosto do meu homem com pêlo. Não tipo Tony Ramos, mas com pêlo. Peito, pernas, braços, cara. Barba por fazer, com 2 dias. O olha lá que me estás a arranhar ou o Ó mãe o pai pica. Gosto disso.

Não me imagino a dormir com o moço depilado. Só de pensar arrepio-me toda.

Assim de repente ocorre-me, dormir com um homem totalmente depilado deve ser o mesmo que dormir com uma gaja. Digo eu….

Há vida para além do Natal







Esta altura é um BOCADINHO……só um bocadinho… só um petit morceau stressante para mim.

Chegou a época dos jantares-e-almoços-que-têm-forçosamente-que-ocorrer-antes-do-Natal, porque a seguir ao dia 24 vamos morrer todos num perfeito holocausto nuclear. Linda imagem!!!!!!

- Que tal sexta, ou segunda ou quarta. Vá lá, temos de nos encontrar antes do Natal.
- Então porquê? Não pode ser depois, com mais calma?
- Claro que não. Não tem jeito nenhum ser depois do Natal. Vá lá, não sejas corte. És a única que levanta sempre problemas. Escolhe tu o dia, pronto.
- Esta semana e a próxima vão ser complicadas. Festa de Natal da escola e do ballet da garota, jantar do emprego, circo, jantar com os colegas. Bom, está bem, que tal quarta, pode ser?
- Pode. Olha que este ano vamos trocar prendas.
- Porquê? Ainda para mais com esta crise porque diabo vamos fazer isso?
- Por isso mesmo.
- Desculpa lá, vou ter de comprar 10 prendas? Nem penses. Arranja lá um esquema de troca de prendas onde só tenhamos que comprar 1, e já vais com sorte.
- Já está tudo combinado.
- Recuso-me a comprar 10 merdices e a receber outras 10. Define lá essa treta das prendas porque senão não alinho nisso.
- Não te armes em ovelha ranhosa, está bem?
- Estou f@did@ contigo.


Novembro, Janeiro e Fevereiro parecem-me ser meses perfeitos para jantaradas de Natal. Porque não?
E Junho? Que tal trocar prendas em Junho?

Irrita-me passar um ano inteirinho sem saber de algumas pessoas, e de repente, em Dezembro todos ressuscitam com uma vontade imensa de convivio, como se me tivessem visto na semana passada.
Tenho de começar a utilizar, ainda mais, a palavra não. E este parece-me um ano perfeito para começar.

Novo visual

Que tal o novo visual?

Mais claro, e tal .... devo estar a precisar de luz ou então de ir ao oftalmologista.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Subscrevo, assino e envio




Não têm coxas, nem rabo, nem carne nas pernas. As mamas apresentam-se como próteses mal coladas sobre uma parede de ossos. E o rabo, enfim, que rabo, alguém o viu? A Luisa Beirão e outras indivíduas cuja identidade desconheço aparecem-me descascadas num anúncio de cuecas de renda, anúncio este que parece ser o supra-sumo do erotismo pátrio, uma sorte de triste versão lusitana Victoria’s Secrect. Estão-me a dizer o quê precisamente com este anúncio, estimados senhores da Triumph: que umas gajas encanzeladas a fazer beicinho com o cu empinado e besuntadas em óleo fula são o novo paradigma de sensualidade? Ou que as suas clientes ideais deveriam ter este aspecto tremebundo? A quem vai dirigida esta campanha realmente? Às mulheres que nunca terão a barriga metida para dentro nem excesso de ossos? Ou aos homens? Nem sequer é para todos os homens, claro. Os senhores da Triumph, ao escolher estas desgraçadas, não pensaram no povão, não. Pobre gosta de gorda. Já os homens sofisticados, esses gajinhos que não param de falar dos relojinhos e as sapatilhinhas e as calcinhas de marca, esses idiotas deslumbrados com as modas lisboas e os bares que são clubes no Cais do Sodré e restaurantes japoneses, esses sofisticados idiotas é que sabem de beleza. Para estes imbecis gaja boa é gaja magra e as mulheres querem-se biafrinhas, de ar enjoadinho, transparentes. Bestas. Porque eu achava que esta mania da infantilização da mulher, sempre representanda sem cu, nem braços, nem pernas era imposta pela paneleiragem que domina o mundo da moda, e até aí tudo bem, porque maricas não come gaja. Mas a ideia de gajos heterossexuais a baterem punhetas com a publicidade da Triumph horroriza-me. A ideia que um homem me ache obesa em comparação com uma carcaça com sutiã que não pesa mais de quarenta e cinco quilos é assustadora. E triste. E cada vez que leio ou ouço um gajo a chamar gorda a uma miúda normal só me apetece mandar-lhe para a puta que o pariu.



in Blogue Rosa Cueca - Rititi

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Lavar pratos - Parte II



Há uns dias falei de uma cena engraçada que se passou no meu emprego. Um acontecimento normal na vida de uma empresa, obviamente, onde o convívio por vezes gera atritos.

É bem verdade que passamos mais tempo com os colegas do que com a família e amigos, pelo menos acordados, se bem que, se juntarmos o fim de semana, provavelmente o valor fica equilibrado. Bom, mas isso não interessa para esta equação. O que eu quero referir é que OS COLEGAS DE EMPREGO NÃO SÃO NOSSOS AMIGOS (à excepção de alguns, muito poucos).

Há conhecidos, amigos (dentro desta categoria inserem-se os para a vida, os do peito, os de ocasião, devidamente catalogados quanto à importância) e os colegas de emprego.

Por que demónios temos de os tratar como amigos, quando efectivamente não o são. E porque é que ficamos tão chateadas quando em confidência contamos um assunto à M. que em contrapartida nos conta um assunto da F. e do N., mas que depois vai contar o nosso segredo à F. ao N. e a todas as letras do abecedário? Ora, vamos mas é ter juizinho e aprender à primeira facadinha para não haver hipóteses de segunda.

Apesar de tudo, convém não generalizar. Nem pensar. Tenho amigas e amigos para a vida, que foram minhas/meus colegas de empregos passados, e que quero conservar para todo o sempre, aqui e no além. Mas são excepções e em número reduzido.

Com os anos que já levo disto tudo, aprendi essa lição. Hoje em dia já não me faz confusão nenhuma não falar a alguns colegas que manifestamente não gosto. Não me ralo mesmo nada. Se tenho de tratar assuntos relacionados com a minha actividade profissional com esse pessoal, muito bem, fora disso mi hablar.

Fartei-me de tantos fatinhos de carnaval i.e. de naifadas nas costas (um dia conto o porquê dos fatinhos de carnaval) ao longo destes vinte e tal anos (tantos? que horror… não falo mais nisso). Já desenvolvi armadura, muito CSI claro, que só as balas extra reforçadas é que conseguem entrar.

Por falar nisso, os pratinhos continuam na copa sem serem lavados e já a emanarem um cheiro a modos que pestilento. Vai escorrer sangue pelas paredes, vai vai.