sexta-feira, 1 de março de 2013

Hiperactividade, pois pois...

Há uns dias, aproveitando o sol, fomos até uma esplanada. Muita criançada, muitos pais e avós, os cães, o lago, os patos, tudo muito compostinho e animado.

Enquanto a minha filha andava a rebolar-se na relva com o pai, aproveitei o momento de paz para me aperceber do que se passava por ali.

Alguns dos garotos que por lá andavam eram perfeitos diabinhos, como é próprio da idade, mas outros iam mais além, como é o caso do que vou partilhar convosco.

Um miúdo, talvez com 7 ou  8 anos entrou pelo lago dentro para apanhar uma família de patos (mãe pata e mais uns tantos patitos). Olhei em volta, na esperança de ver um ou os progenitores levantar-se para impedir o ataque. Mas nada. Já com os nervos em franja levantei-me e gritei para o miúdo sair dali (nem imaginam a aflição dos animais…). Então não é que o paizinho do puto cretino veio ter comigo a pedir explicações. Quem era eu para estar a gritar com o miúdo, se era de alguma liga de defesa dos patos, que até são animais sujos, ou se o espaço era meu. Nem queria acreditar, mas, refeita da surpresa, o senhor ouviu das boas. Mais calmo disse-me que o miúdo era hiperactivo e que necessitava de se “expandir”, ao que lhe respondi, é hiperactivo uma ova, o seu filho é mal educado, isso sim.

Não vou contar o resto da conversa, porque, não vale mesmo a pena, não foi muito bonito de se ver.

Mas, esta história serve para espelhar o que eu penso em relação a estas situações; é mais fácil andar a dar gotas calmantes à canalha do que lhe ensinar boas maneiras. É mais fácil e dá menos trabalho. E não estou a falar só dos paizinhos, também os professores têm o seu papel nesta acção, mas dessa experiência vos falarei depois.

Não quero com isto dizer que não haja crianças que padeçam disso, obviamente, e estas sim, devem ser tratadas, mas não há justificação lógica para o aumento brutal deste diagnóstico nestes últimos 10 anos. Hiperactivas não, mal educadas.
 
 

foto tirada do google