Eu prometo que este ano não volto a falar nisso, está bem?
Mas SOMOS CAMPEÕES.
NB: Só à laia de esclarecimento, não gosto do Presidente nem do treinador, mas o meu clube É O MAIOR.
Alice: Chapeleiro, achas que sou louca? Chapeleiro: Louca, muito louca ! Mas vou contar-te um segredo: as melhores pessoas são
domingo, 29 de abril de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
25 de Abril
Ainda mantenho vivas as memórias
desse dia, e dos que se lhe seguiram, claro.
Foi um dia diferente. Tinha então 10 anos. Não houve escola e ninguém sabia muito bem o que se tinha passado, à excepção do meu pai que logo pela manhã se apercebeu que tinha acontecido alguma coisa, de grave. Fez alguns telefonemas e depois, feliz, muito feliz, veio ter connosco à mesa onde tomávamos o pequeno almoço e disse: caiu o governo, acabou-se. As palavras e a alegria do meu pai, o temor da minha mãe deixaram-nos intrigadas. Mas como mais não foi acrescentado e não houve respostas às perguntas que fizemos, fomos à nossa vida, o que quer dizer, fomos para a escola. Quando chegamos, estava tudo fechado. As professoras e continas estavam atarantadas sem saber o que fazer ou o que dizer. Regressamos a casa e já não largamos o rádio e a televisão. Os comunicados foram-se sucedendo ao longo da tarde.
Foi um dia diferente. Tinha então 10 anos. Não houve escola e ninguém sabia muito bem o que se tinha passado, à excepção do meu pai que logo pela manhã se apercebeu que tinha acontecido alguma coisa, de grave. Fez alguns telefonemas e depois, feliz, muito feliz, veio ter connosco à mesa onde tomávamos o pequeno almoço e disse: caiu o governo, acabou-se. As palavras e a alegria do meu pai, o temor da minha mãe deixaram-nos intrigadas. Mas como mais não foi acrescentado e não houve respostas às perguntas que fizemos, fomos à nossa vida, o que quer dizer, fomos para a escola. Quando chegamos, estava tudo fechado. As professoras e continas estavam atarantadas sem saber o que fazer ou o que dizer. Regressamos a casa e já não largamos o rádio e a televisão. Os comunicados foram-se sucedendo ao longo da tarde.
No final do dia, quando o meu pai
regressou a casa, vinha eufórico. Essa imagem de felicidade ficou retida na minha
memória até hoje.
Os anos que sucederam não foram
bons, antes pelo contrário. O país estava economicamente de rastos. Não havia
estabilidade governativa, mas apesar de tudo, respirava-se livremente.
Muitas pessoas queixam-se do desastre pessoal e nacional que
foi a revolução dos cravos, mas eu não. Continuo a achar que foi um
acontecimento único na nossa história e agradeço muito tê-lo vivido.
Podemos mostrar imagens, transmitir ideias às gerações que
nos sucederam, mas não se consegue transpor para palavras os sentimentos que
vivemos, de LIBERDADE.
Por isso, e por tudo, Viva o 25 de Abril, hoje e sempre.
segunda-feira, 23 de abril de 2012
Petite taliban #3
- Então, filha, como
correu a escola, hoje?
- Bem, mãe.
- Deste alguma matéria nova?
- Não, hoje não. Fizemos revisões.
- Boa. E o que é que comeste ao almoço?
- Não sei mãe, parecia peixe e carne ao mesmo tempo.
- O quê?
- Ó mãe, aquilo parecia cão com esparguete.
- Eh, eh, estás a brincar.
- A sério mãe. Estava um horror. Eu não comi?
- Desculpa? Tu não comeste?
- Não te preocupes mãe. Eu comi dois pratos de sopa e a sobremesa.
- E o que fizeste à comida que estava no teu prato?
- Olha mãe, não te zangues, mas eu despejei no prato da Gabriela. Como é muito magrinha, precisa mais de comer que eu. Fiz bem, não fiz?
- Não, não fizeste. Se não querias comer, dizias à tia, não despejavas no prato da tua colega. Ela teve de comer tudo não?
- Não, bom, a tia ralhou com ela, mas depois deixou-a ir brincar. Ficaste zangada, mamã?
- Não voltes a fazer isso, está bem?
- Está bem. Olha mãe, hoje a professora de inglês disse-me que eu tive excelente na prova
- Ainda bem, filha. Estás a ver porque é que eu te digo para estudares um bocadinho todos os dias…
- Ó mãe, achas que posso pedir um gatinho lá para casa?
- Bem, mãe.
- Deste alguma matéria nova?
- Não, hoje não. Fizemos revisões.
- Boa. E o que é que comeste ao almoço?
- Não sei mãe, parecia peixe e carne ao mesmo tempo.
- O quê?
- Ó mãe, aquilo parecia cão com esparguete.
- Eh, eh, estás a brincar.
- A sério mãe. Estava um horror. Eu não comi?
- Desculpa? Tu não comeste?
- Não te preocupes mãe. Eu comi dois pratos de sopa e a sobremesa.
- E o que fizeste à comida que estava no teu prato?
- Olha mãe, não te zangues, mas eu despejei no prato da Gabriela. Como é muito magrinha, precisa mais de comer que eu. Fiz bem, não fiz?
- Não, não fizeste. Se não querias comer, dizias à tia, não despejavas no prato da tua colega. Ela teve de comer tudo não?
- Não, bom, a tia ralhou com ela, mas depois deixou-a ir brincar. Ficaste zangada, mamã?
- Não voltes a fazer isso, está bem?
- Está bem. Olha mãe, hoje a professora de inglês disse-me que eu tive excelente na prova
- Ainda bem, filha. Estás a ver porque é que eu te digo para estudares um bocadinho todos os dias…
- Ó mãe, achas que posso pedir um gatinho lá para casa?
Há pessoas assim
Que não valem o investimento que nelas fazemos.
Que não sabem construir, apenas “planar” sobre a vida, os sentimentos, as pessoas.
Que são egoístas, egocêntricos.
Que não são frontais e directos. Escolhem sempre atalhos e caminhos desviantes para ocultar personalidades obscuras.
Que não sabem construir, apenas “planar” sobre a vida, os sentimentos, as pessoas.
Que são egoístas, egocêntricos.
Que não são frontais e directos. Escolhem sempre atalhos e caminhos desviantes para ocultar personalidades obscuras.
Pessoas sem coluna vertebral, antes seres ondulantes e
imprecisos.
Que fecham portas nos relacionamentos, portas de amor,
camaradagem, compreensão, carinho, amizade. Portas que não se voltam a abrir
mais. Nunca mais!!!!
Mas nada disso importa porque no final não interiorizam, não
aprendem, não retiram ensinamentos nem promovem correcções. Para quê, eles é
que são as vitimas.
O mau não é existirem pessoas assim, o mau é mesmo quando
cruzam as nossas vidas, os nossos caminhos e fazem com que, no final, não tenha
valido a pena.
terça-feira, 10 de abril de 2012
Contrariedades
Ando a ser muito contrariada, o
que não é nada bom.
Raistapartíssem...
Ainda sobre os divórcios
Os meus amigos M. e P. estão em
processo de divórcio. Depois de 20 anos de comunhão, 3 filhos, uma casa, 2 cães
e 2 gatos, resolveram, por motivos privados e não comunicados, separar-se,
deixando-nos a todos estupefactos. Dez anos de namoro, vinte de casamento.
Não, não podia aguentar mais
tempo. Tinha de falar com ela.
Resposta da amiga:
Regulamentação do poder paternal
definida pelos próprios, sem percalços. Partilha de bens pacífica. Tudo muito
calmo, demasiado até.
A M. ficou com a casa e a
custódia dos filhos. O P. adquiriu uma casa no mesmo prédio por forma a estar
junto dos filhos. Os animais foram distribuídos pelas 2 casas. Os miúdos podem
alternar entre o 2º e o 5º andar sem problemas.
Tanto quanto me apercebo, as
questões são resolvidas entre o ex-casal com harmonia, diálogo e bom senso.
Ontem o P. apareceu em nossa casa
com os garotos, um dos cães e uma namorada a tiracolo. Sem nos comunicar nada,
entrou pela casa dentro com os garotos, felizes da vida, o cão que é um amor e
a namorada que podia ser filha de qualquer um de nós.
Ficamos sem palavras. Eu
pessoalmente fiquei triste.
Apesar do constrangimento, os
miúdos brincaram a tarde toda com a minha taliban e com a namorada que alinhou com
eles.
No final do dia já todos tínhamos
ultrapassado a questão. A S. passou assim a ser a mulher do P. e ponto final.
Durante o jantar já éramos todos amigos, falámos das férias e dos bons momento
que passamos juntos. Episódios que não tendo sido partilhados com a S., foram
alegremente comentados pela própria.
Mas a minha amiga M. não me saía
da cabeça. Comecei a sentir-me mal como se tivesse a cometer uma traição a esta
amiga de tantos anos. E se fosse comigo, pensei. Como é possível eu estar
divertida quando a minha amiga estará em casa, provavelmente sozinha. E quando
ela souber que acolhemos o provável motivo desta separação vai ficar triste
comigo. Comigo, que sou mulher e poderia estar no lugar dela.
Quando saíram, liguei-lhe,
expliquei a situação temendo a reacção. As palavras não saíam de forma normal,
engasguei-me toda como se de alguma forma fosse culpada. Fui até ao limite de
lhe dizer que se ela estivesse magoada, nunca mais os iria acolher em casa
porque a nossa amizade tinha de ser preservada a todo o custo.
(só um pequeno aviso a quem se está a
divorciar, a separação não é só fodida para o casal e para a família como
também para os AMIGOS que de um momento para o outro têm de fazer jogos de
cintura para não melindrar ninguém. Tenham lá isso em consideração para não haver chatices e partidos a tomar)
- Olha lá, que disparate é esse?
Estás a fazer um filme de ficção ou quê? Não tem problema nenhum. Somos todos
amigos e ela já veio a minha casa. Deixa-te de cenas!!! Olha, acabaram de
chegar agora a casa. Vá, vai dormir e depois falamos.
(por momentos acho que fiquei a
ouvir a música do Twilight Zone)
Comentário do Marido: Tu às vezes
exageras um bocadinho, não?
Páscoa = Praia
Na minha família nunca houve a
tradição de celebrar a Páscoa. Por norma o fim de semana alargado servia sempre
para iniciar a nossa época balnear, rumo ao Algarve.
Nos meus tempos de criança a
Páscoa era uma seca monumental. Na televisão e no rádio só passavam programas
religiosos, alternados com música fúnebre. Era um horror.
Não podíamos rir, falar alto, brincar, tudo era recriminado. Não podíamos vestir roupas com cores mais alegres. A missa de domingo de ramos (acho que se chama assim) mais parecia um funeral.
A minha mãe e a minha
avó, como católicas praticantes, bem tentavam demover o meu pai, mas este não ia em cantigas. Sexta feira
pela manhã lá íamos todos felizes e contentes rumo à praia. Uma fuga para longe
do preto e do cinzento, das missas, das procissões, da falta de alegria que era
obrigatória na época.
As minhas memórias da Páscoa estão
sempre associadas à alegria, ao sol e à praia. Eram o interlúdio para as férias
grandes que não tardavam.
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