sexta-feira, 10 de maio de 2019

Adolescência, ou a nossa ausência de memória




Há já uns aninhos que ma petite taliban se encontra em modo “aborrescente”. Entrou nela de forma precoce, demasiado precoce. De um momento para o outro aquela criança fofinha e ligeiramente apimentada transformou-se numa drama queen em modo Komodo Dragon Chilli Pepper (uma das de maior classificação na escala Scoville – se não sabem a que isto se refere ora procurem lá no Dr. Google).


Se estou à beira de um ataque? Tem dias.

Para evitar estados de ansiedade, fiz este “mantra” para ler e reler quando a necessidade a tal obrigar. Tipo livrinho de bolso.

. Que tenho memória de galinha, afinal eu também passei por essa fase. Com maior ou menor intensidade este drama é transversal da todas nós.

. Que tenho de manter a calma e respirar fundo para não entrar naquele carrossel de emoções. É isso que ela espera de mim.

. Que infelizmente não lhe consigo tirar todas as pedrinhas do caminho. Vai ter mesmo de esbarrar com bastantes. Eu estou aqui para os curativos e beijinhos no dói-dói.

. Que tenho de lhe transmitir a confiança de que é uma fase e que tudo vai ficar bem, mesmo que agora não pareça.

. Que apesar de parecer distante, não dando a importância devida aos teus dramas, eu estou colada a ti e não te vou deixar cair NUNCA.

. Que deixaste de ser criança e estás a um passo de iniciar a tua fase adulta, e que por vezes estes estados não são mais do que estágios para te poderes transformar numa mulher independente e confiante, mesmo que faças de nós “cobaias” nos braços de ferro.

. Que estarei sempre aqui, que nem rochedo, faças tu o que fizeres.

. Não menos importante, tenho de abastecer a despensa de vinho tinto, bastante. Vou precisar.


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