Enquanto a minha filha andava a
rebolar-se na relva com o pai, aproveitei o momento de paz para me aperceber do
que se passava por ali.
Alguns dos garotos que por lá
andavam eram perfeitos diabinhos, como é próprio da idade, mas outros iam mais
além, como é o caso do que vou partilhar convosco.
Um miúdo, talvez com 7 ou 8 anos entrou pelo lago dentro para apanhar
uma família de patos (mãe pata e mais uns tantos patitos). Olhei em volta, na
esperança de ver um ou os progenitores levantar-se para impedir o ataque. Mas
nada. Já com os nervos em franja levantei-me e gritei para o miúdo sair dali
(nem imaginam a aflição dos animais…). Então não é que o paizinho do puto
cretino veio ter comigo a pedir explicações. Quem era eu para estar a gritar
com o miúdo, se era de alguma liga de defesa dos patos, que até são animais
sujos, ou se o espaço era meu. Nem queria acreditar, mas, refeita da surpresa,
o senhor ouviu das boas. Mais calmo disse-me que o miúdo era hiperactivo e que
necessitava de se “expandir”, ao que lhe respondi, é hiperactivo uma ova, o seu
filho é mal educado, isso sim.
Não vou contar o resto da
conversa, porque, não vale mesmo a pena, não foi muito bonito de se ver.
Mas, esta história serve para
espelhar o que eu penso em relação a estas situações; é mais fácil andar a dar
gotas calmantes à canalha do que lhe ensinar boas maneiras. É mais fácil e dá
menos trabalho. E não estou a falar só dos paizinhos, também os professores têm
o seu papel nesta acção, mas dessa experiência vos falarei depois.
Não quero com isto dizer que não
haja crianças que padeçam disso, obviamente, e estas sim, devem ser tratadas,
mas não há justificação lógica para o aumento brutal deste diagnóstico nestes
últimos 10 anos. Hiperactivas não, mal educadas.
foto tirada do google |
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