quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Recusa de paternidade


Procriação

Homens devem poder recusar paternidade


In Publico 21.08.2012

É inacreditável que uma tese possa ter sido escrita nestes moldes e usando a lógica simplista que está no artigo (vale a pena consultar).

A questão do "direito" ou não à paternidade está bem colocada, sem dúvida alguma, contudo a negação da paternidade não se justifica sob algum argumento.

Concordo que sendo dado à mulher o direito de decidir pelo nascimento ou não da criança , sob a lei de igualdade, esse direito terá de ser dado ao outro progenitor também.

Agora daí a dizer que o homem pode negar a paternidade depois da criança vir ao mundo, não há qualquer argumento que o justifique.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

Pequenas misses

O fim de semana que passou foi muito calminho. Com direito a sofling, mapling and bedling. Muitas sestas e ripanços.

No meio dessa sorna toda, e durante a manhã de sábado fiz um pouco de zapping para ver o programa mais palerma que se adequasse ao meu estado de espírito.

Lá parei num que deixou estupefacta. Ora então e como não poderia deixar de ser, era um programa americano que estava a ser transmitido pelo Discovery Channel, intitulado Pequenas Misses.

Um absurdo. Crianças com menos de 5 anos sujeitas a rituais de beleza brutais, como unhas e pestanas postiças, maquilhagens carregadas, bronzeamento artificial, sobrancelhas arranjadas, depilações, cabeleiras fixadas ao cabelo com muito choro. Dentes postiços. Poses e coreografias sensuais. Horrível. Já para não falar das tristes figuras que os pais fazem durante a actuação do rebento.

 Como é que uma mãe tem a ousadia de afirmar que a sua filha de 2 anos adora desfilar na passerelle. Adora?

 Imaginem, os que ainda não tiveram oportunidade de assistir ao programa, uma criança de 5 anos beber uma lata de Red Bull, para poder ter energia suficiente para aguentar um dia de concurso. Um pai dizia, no final, que iria arranjar segundo emprego para garantir que a sua filha tivesse o luxo suficiente para ganhar. E agora, limite dos limites, uma mãe afirmou que tinha tido os dois filhos somente com o propósito de que participassem nestes concursos. Estes pais deviam ser internados, só pode.

Isto ultrapassa a projecção que os pais possam fazer sobre os seus filhos, de desejos exclusivamente seus, prejudicando emocionalmente (talvez irreversivelmente) as crianças.
 
 

quarta-feira, 8 de agosto de 2012

Silly season

A notícia da season:
Passos Coelho sofre de queda de cabelo.

Obrigada ao Correio da Manhã que partilhou tão importante notícia connosco. Estou sinceramente agradecida e não me posso estar a cagar mais para o assunto.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Pimentinha

Não pertenço ao grupo das pessoas que afirmam categoricamente que não mudam e que são assim e sempre serão.
 
Ao longo da minha vida, vários foram os comportamentos e posições que fui alterando, não por desvios de personalidade ou interesse, mas porque a certa altura do percurso me pareceram incorrectos. A idade foi ajudando, e a maternidade também.
Os comportamentos fleumáticos, e por vezes radicais, de outrora deram lugar a atitudes previamente assimiladas e mais contidas.
Isto tudo para dizer que, apesar do acima, vou ter de passar por mais uma fase de contenção de opiniões e posições. Não posso perder as estribeiras (e mais coisas quejandas) em situações adversas, perdendo assim a razão quando sei que a tenho.
Moderar as minhas “pimentísses” não é nada confortável, mas, que diabo, alguma coisa foi fácil na minha vida?

Os eternos regressos

De regresso à rotina, aos pareceres, aos colegas, à chefia, aos almoços tribais, às reuniões, às conversas que não variam, às pessoas que não aprendem.

Tenho a sensação que tudo é pequeno, até o gabinete me parece que encolheu.
É um sentimento estranho. Dura somente uns dias, até que os meus sentidos se habituem novamente, a esta realidade.

Apesar das lamúrias, e para memória futura, tenho de atinar, até porque:
Ø ter emprego é muito bom
Ø há colegas bons e colegas maus, não posso generalizar
Ø há chefes maus, mas com dias bons
Ø ter emprego é muito bom
Ø partilhar o gabinete com uma colega catita, que me faz rir e que nunca, mas nunca faz perguntas sobre a vida privada é para lá de bestial
Ø ter emprego é muito bom
Ø desenvolver a minha actividade profissional dentro da minha área curricular, actualmente, é um privilégio
Ø ter emprego é muito bom, percebido?

Por tudo isto e por muito mais (sim porque ainda vou ter de gramar mais uns bons 15 aninhos disto) vou deixar-me de fitas e continuar a trabalhar, que é para isso que me pagam e mainada.