Enquanto almoçava, em modo me
myself and I, nas Amoreiras, apercebi-me de uma conversa de 6 rapazes que
estavam sentados na mesa em frente.
Pelas idades – 15-16 anos –
pareceu-me ser dos tablets ou dos androids, mas estava mesmo muito enganada.
Estavam a falar de política, do país, do gajo do SIS, do que é necessário
fazer, num discurso que não me pareceu clonado de nenhum artigo de opinião. As
palavras eram fluidas. Eram palavras que espelhavam pensamentos.
Foi um bom almoço. Fiquei
esperançada com aqueles 6 miúdos. Mais houvessem como eles, que se debruçassem
sobre o tema do presente e do futuro, naquelas idades, mais participação
haveria na governação, mais ideias surgiriam, mais debates. É bom ver que nem
todos os miúdos manifestam aversão à política ou que dizem: Eu não percebo nada de política. Não
pode ser. Para se contestar tem de se ter conhecimento do que se quer e do que
não se quer. Já chega de carneiradas. Todos podemos e devemos participar. E se
cedo os habituarmos a pensar sobre essa matéria, melhor ainda.
É necessário haver mais e melhor