Gosto muito de animais, desde que não me piquem, mordam ou sejam excessivamente barulhentos (se bem que nesta última categoria, até consigo ser bastante tolerante).
Mas nem sempre as coisas se
passam assim. Lá em casa já habitou um, o Buda, que, provavelmente pelos maus
tratos que sofreu em pequeno, nunca se conseguiu integrar na família. Mas, e
apesar de não ter sido uma boa experiência, deixou muitas saudades. Ainda hoje,
quando ma petite taliban olha para o céu,
diz sempre que “aquela estrelinha é o budinha”.
Bom, mas não é disso que eu quero
falar.
Ontem, fui até um parque nos
arredores de Lisboa, uma vez que o sol estava lindo e a garota com muita energia
a pedir para ser gasta. Quando finalmente me sentei, comecei a ouvir um som que
vinha em crescendo. Era o de um caniche mínimo que parecia possesso. Quando
chegou ao parque, sem trela e muito à frente da dona, começou a ladrar a todos
os miúdos que lá estavam.
Só depois ouvi um, Hércules, anda
cá!!! Hérrrrcullles!!!!!!
Ora, ora, afinal o artigo tinha
algum fundo de verdade. A dona do Hércules era a versão humana do
caniche-duracell. Pequenina, magrinha, voz esganiçada, irritante e contínua.
Incidente ultrapassado, e para comprovar
a teoria, fui observando as pessoas que por lá andavam a passear os respectivos
bichanos. Não cheguei a conclusão nenhuma, obviamente, mas até que nalguns
casos, enfim, eu diria que as parecenças são muitas, mesmo.

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