
Reconheço a utilidade do telemóvel. Acho mesmo que já atingimos o ponto do não retorno quanto à necessidade de utilização. A nossa vida não seria a mesma sem essa caixinha barulhenta que nos coloca em contacto com quem necessitamos (assim tenha saldo e bateria).
É uma facilidade bestial especialmente quando necessitamos mesmo de falar com alguém, naquele instante. Que o digam as pessoas que ficam “empanadas” em qualquer estrada do nosso País, sem outra forma de comunicação.
Estão reconhecidas as virtudes do instrumento!!!!
Agora os defeitos são de igual intensidade. São os toques mais ou menos estridentes, especialmente em sítios em que tudo é audível; as conversas, senhores, as conversas … como se estivessem na privacidade do lar, o falar sozinho na rua, quais maluquinhos à porta do Júlio.
Na minha humilde opinião há uma grande falta de sensatez na utilização do telemóvel, como ilustra a história que a seguir relato.
Na sexta-feira passada, como é habitual, no final do dia lá fui eu de autocarro até à escola da filhota. Entrei e sentei-me (tive sorte, porque não ia muito cheio). Comecei então a ouvir uma conversa, num tom demasiado elevado para o meu gosto. Se calhar ouve mal, pensei eu, enquanto me preparava para colocar os auscultadores do mp4. Mas, houve ali qualquer coisa que despertou a minha curiosidade. Resolvi, disfarçadamente ouvir a conversa. Então em resumo, a senhora estava a falar com o marido sobre a aquisição de um plasma para a sua sala de estar (nada de anormal, portanto). Toda a gente tem um e nós não somos menos que os outros, dizia. Com uns duzentos e tal, vá lá, trezentos euros, compra-se um e ficamos todos satisfeitos. O Manel (filho, suponho) já pode convidar os amigos para jogar e tudo. Não, não, filho, vamos tratar disso este fim de semana. Olha lá, não contes nada a ninguém, nem aos teus colegas e nem ao Chico e nem à tua mãe, porque ninguém precisa de saber da nossa vida, ouviste? Bem, vê lá.
Ora bem. Aqui está uma conversa que valeu bem a pena ouvir, não pelo seu conteúdo, obviamente, mas tão somente pelo final, Ninguém precisa de saber da nossa vida. Parece-me ser uma afirmação bastante lógica, tendo em conta que se estava num autocarro.
É uma facilidade bestial especialmente quando necessitamos mesmo de falar com alguém, naquele instante. Que o digam as pessoas que ficam “empanadas” em qualquer estrada do nosso País, sem outra forma de comunicação.
Estão reconhecidas as virtudes do instrumento!!!!
Agora os defeitos são de igual intensidade. São os toques mais ou menos estridentes, especialmente em sítios em que tudo é audível; as conversas, senhores, as conversas … como se estivessem na privacidade do lar, o falar sozinho na rua, quais maluquinhos à porta do Júlio.
Na minha humilde opinião há uma grande falta de sensatez na utilização do telemóvel, como ilustra a história que a seguir relato.
Na sexta-feira passada, como é habitual, no final do dia lá fui eu de autocarro até à escola da filhota. Entrei e sentei-me (tive sorte, porque não ia muito cheio). Comecei então a ouvir uma conversa, num tom demasiado elevado para o meu gosto. Se calhar ouve mal, pensei eu, enquanto me preparava para colocar os auscultadores do mp4. Mas, houve ali qualquer coisa que despertou a minha curiosidade. Resolvi, disfarçadamente ouvir a conversa. Então em resumo, a senhora estava a falar com o marido sobre a aquisição de um plasma para a sua sala de estar (nada de anormal, portanto). Toda a gente tem um e nós não somos menos que os outros, dizia. Com uns duzentos e tal, vá lá, trezentos euros, compra-se um e ficamos todos satisfeitos. O Manel (filho, suponho) já pode convidar os amigos para jogar e tudo. Não, não, filho, vamos tratar disso este fim de semana. Olha lá, não contes nada a ninguém, nem aos teus colegas e nem ao Chico e nem à tua mãe, porque ninguém precisa de saber da nossa vida, ouviste? Bem, vê lá.
Ora bem. Aqui está uma conversa que valeu bem a pena ouvir, não pelo seu conteúdo, obviamente, mas tão somente pelo final, Ninguém precisa de saber da nossa vida. Parece-me ser uma afirmação bastante lógica, tendo em conta que se estava num autocarro.